Polêmica na Câmara em Moreno

O vereador Cidicley Silva (PT) divulgou uma nota no seu perfil em uma rede social que fala sobre um Projeto de Lei que prevê reajuste salarial para o cargo de arquiteto. De acordo com o parlamentar, o novo valor, caso a PL seja aprovada, será de R$ 5.622,00. Cidicley diz que acha estranho essa iniciativa do governo municipal, pois a administração estaria impedida de onerar a folha de pagamento até setembro.

"Adianto que meu voto será contrário ao projeto. Não por ser contra o reajuste salarial dessa categoria, mas pelo fato do prefeito está impedido de aumentar as despesas do município" disse o petista. Ele afirmou que a informação sobre o comprometimento da folha foi dado pelo próprio secretário de finanças Jancleiton Andrade, durante sua ida no legislativo para prestar esclarecimento sobre o projeto em questão.

Mesmo com a afirmação da gestão, de que o município está acima da Lei de Responsabilidade Fiscal, o vereador informou que a maioria dos parlamentares tinham se prontificado a votar pela aprovação da PL. "Vamos acompanhar o voto de cada vereador nesse dia 29 de junho."

Por fim, Cidicley pediu a retirada desse projeto da pauta e que o mesmo fosse discutido em setembro, período previsto quando o município voltará a respeitar o limite fiscal. "Não sou contrário ao salário, mas como vereador e fiscal, estou exercendo meu papel de fazer cumprir a legalidade, moralidade e a transparência" justificou.

"Não basta apenas aumentar os salários sem responsabilidade, uma vez que as contas do executivo já ultrapassa o limite estabelecido. É preciso ponderar para que ações como essa não estimule outros setores da gestão a terem reajustes em momentos inoportunos e, com isso, aumente a folha de pagamento da administração. Se a lei recomenda que nenhum ajuste seja feito atualmente, como vereador e cumpridor da lei, votarei contra a aprovação do projeto, na certeza de que, quando o município se enquadrar dentro do que recomenda a lei, serei favorável, não só a este, mas a todas as outras categorias do funcionalismo público, como os agentes comunitários de saúde, agentes de endemias, guardas municipais, professores, entre outros, que também precisam de reajustes e valorização" concluiu.

Publicado por Leonardo Rodrigo na data de 29/06/2017 às 00:46 e impresso na data de 21/11/2024.