Prefeitura do Moreno participa de protesto contra redução do FPM

Nesta semana, vários municípios do estados estarão aderindo a um movimento organizado pela Amupe (Associação Municipalista de Pernambuco) e o Consórcio de Desenvolvimento do Agreste Meridional (Codeam). O protesto quer sensibilizar o governo federal em relação a situação das cidade da região por conta da redução do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e também por causa da seca, que atinge principalmente o sertão pernambucano.

Moreno não anunciou oficialmente sua participação no movimento, mas de acordo com os servidores, a prefeitura irá parar entre os dias 12 e 16 de novembro. Apenas os serviços essenciais deverão ser mantidos. O atendimento ao público deverá ser suspenso.

A prefeitura municipal do Moreno (PMM) já participou de várias outras manifestações do tipo, inclusive as nacionais. A reclamação continua a mesma: a queda no repasse federal estaria comprometendo a administração e serviços para a população. De acordo com o Portal da Transparência do governo federal, Moreno já recebeu até o momento este ano, mais de R$ 29 milhões. Quase metade do repasse refere-se ao FPM.

Por outro lado, observando os dados de gastos da PMM com pagamento da folha e de fornecedores os números só fizeram aumentar entre 2011 e 2012. Indo de encontro a um regra básica quando o dinheiro esta curto: o corte de custos. Um exemplo é a folha do funcionalismo que esse ano teve um aumento de 18,7% em relação a 2011. No mesmo período, o salário mínimo foi reajustado em 7,36%.

Outros dados que chamam a atenção é com o empenho de fornecedores. Alguns deles tiveram seus valores multiplicados por dez, passando de R$ 55 mil em 2011 para R$ 552.483,15 empenhados para este ano, por exemplo. A empresa, a S.B da Hora Provedores ME, já recebeu quase 90% desse montante. O responsável por ela, que tem um grau de parentesco com atual secretário de finanças da cidade, também é sócio da Start Tecnologia da Informação LTDA ME. Essa última o valor saltou de R$ 121 mil para R$ 230 mil em um ano.

São poucos os exemplo de fornecedores que tiveram um faturamento menor em 2012 do que no ano passado. Um deles é a Compesa, que este ano teve empenhos totalizando pouco mais de R$ 230 mil. R$ 90 mil a menos que o mesmo período de 2011.

Então a grande questão é: de nada adianta reclamar do dinheiro esta curto, se a PMM não faz o dever de casa, adequando seus custos a sua realidade financeira.

Publicado por Leonardo Rodrigo na data de 10/11/2012 às 17:35 e impresso na data de 21/11/2024.