Câmara cria CPI para investigar Agreste

O clima ficou pesado na manhã desta terça no plenário da Câmara Municipal do Moreno. Em pauta estava o requerimento 104 do Professor Joaquim (PT) que pedia a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Agreste Consultoria Ltda.

A empresa foi apontada como responsável pelo caso do porteiro Adriano André Rodrigues, que descobriu que teria recebido três parcelas de R$ 3,5 mil em salário que nunca chegou ao seu bolso. A Agreste presta serviços a Prefeitura Municipal do Moreno e o porteiro trabalha em uma escola do município, no distrito de Bonança.

Em nota, a empresa assumiu o erro e disse que tudo foi causado apenas por um equivoco. O caso veio à tona através de uma matéria publicada no Blog da Folha, logo após o carnaval. No texto, Adriano afirma que descobriu a suposta fraude após ir ao INSS. A Câmara Municipal, na ocasião, foi aprontada como responsável pela fraude.

Com a apresentação do requerimento, o clima ficou tenso no plenário. Pelo menos três vereadores se apresentaram contra a proposta. Marcelo Bruno (PHS), Adilson Wanderley (PT do B) e Romero Arcoverde (PRP). O mais feroz foi Marcelo. O vereador acusou a mesa de ir contra o regimento interno da Casa, pois o requerimento deveria ir antes para a comissão de constituição e justiça, e não para votação.

Mesmo com os argumentos dos opositores, a mesa diretoria da Câmara decidiu abrir a votação. Resultado, pela primeira vez na história o município verá uma CPI investigando um fato na cidade. Foram seis votos a favor e três contra.

Publicado por Leonardo Rodrigo na data de 22/03/2011 às 13:07 e impresso na data de 23/04/2024.