A terceira edição da Trilha das Verdes Colina movimentou a cidade do Moreno no domingo (28) com as dezenas de motos, quadriciclos e jipes que participaram do evento. A expectativa dos organizadores foi superada logo cedo. Bastava observar que todo o patio de eventos, ponto de partida da trilha, estava tomado de trilheiros. Às 10 horas foi dada a largada da aventura. Mas antes, os participantes fizeram um desfile pelas ruas da cidade, chamando a atenção de todos.

Depois de uma voltinha pela área urbana, é hora pegar a estrada ao encontro da aventura que começou nas imediações do distrito industrial da cidade. Na verdade foram dois percursos. Um para as motos e o outro para jipes e quadriciclos. Como fomos de jipes tomamos o caminho ao lado da granja Santo Antonio, e logo nos primeiros kilometros um problema. Um quadriciclo quebrou o que provocou a parada de todo o comboio. Uma das caracteristica de um bom trilheiro é nunca abandonar o companheiro com problemas. E foi assim nas duas horas seguintes. Mais três quadriciclos apresentaram defeitos mecânicos.

Já estavamos ficando tristes por que até então não tinhamos encontrado um lameiro digno de um desafio(havia chovido bastante no dia anterior). Mas essa frustração não durou muito. Pouco tempo depois encontramos um trecho que logo de cara fez duas vitimas. Um Jeep Willys e a nossa Toyota Bandeirante. Tivemos um pouco de dificuldade, mas conseguimos sair sozinhos. Já o Willys precisou de ajuda para se livrar do atoleiro. Depois que todos passaram, seguimos viagem a caminho do engenho Várzea Grande. Antes, todos fizeram uma pausa para um rápido descanso. Nesse momento foi possivel ver que a trilha não era composta exclusivamente de homens. Mulheres e crianças também faziam parte desta aventura. Um verdadeiro programa familiar.

De volta ao caminho de Várzea Grande um incidente forçou uma nova parada. Um casal que estava em um quadriciclo caiu e a mulher, segundo informações, quebrou o nariz. Depois dos primeiros socorros, ela foi levada ao PSF Beiró Uchôa em Moreno. Retomamos a trilha e alguns metros a frente teriamos o nosso maior desafio. A travessia de um rio. O percurso em si era curto, mas em algns pontos a água chegava a até 1,20 metro de altura. Foi ai que alguns participantes decidiram voltar, enquanto outros estudavam a possibilidade da travessia. O primeiro a tentar foi um motoqueiro. Só que sua audácia não adiantou de nada. A moto morreu no meio do caminho. Logo o pessoal do quadriciclo encontrou um trecho que seria fácil a travessia. Em pouco tempo todos já estariam do outro lado da margem. Enquanto isso, o jipeiros aguardavam que alguém tomasse coragem e atravessasse de uma vez o rio. E eis que surge o primeiro candidato. O pessoal do Jeep Willys amarelo atravessou sem nenhum problema. E logo depois outros seguiram o amarelinho. Muitos conseguiram atravessar, enquanto que outros, só saíram da água guinchados. A nossa Band teve problemas apenas para subir na margem do rio. Seus pneus não eram apropriado para lama, e por isso tínhamos pouca aderência ao solo naquele momento.

Vencido mais um obstáculo e com o número reduzido de participantes, seguimos o nosso caminho. Estavamos em uma estrada que subia um morro, e ao chegarmos no topo tivemos de presente uma belíssima paisagem das plantações de cana, da mata e da reserva de uma fábrica de celulose. Mas logo-logo estaríamos de frente ao nosso próximo desafio. Um barranco com alto grau de inclinação para descermos. Todo cuidado era pouco nessa descida já que a terra ainda estava úmida. Porém, tudo acabou bem, e todos desceram sem problemas. Em pouco tempo estávamos em Várzea Grande comendo uma galinha cabidela com um refrigerante que nunca ouvimos falar dele. Mas tudo bem, a fome já era grande. Afinal, estavamos a quase seis horas na trilha. Enganamos a fome e pegamos novamente a estrada, agora a caminho de Bonança. E chegamos rapidinho. Em apenas 30 minutos.

Alguns ainda se aventuraram e tomaram a estrada a caminho do engenho Pinto. Mas nós preferimos voltar para Moreno. Nossa aventura tinha acabado. Estavamos exaustos. Porém felizes de ter participado dessa trilha.

Quando será a próxima??? Opa, estamos aí!!!!